quarta-feira, 13 de abril de 2011

PSICOPEDAGOGIA E SUA APRENDIZAGEM

PSICOPEDAGOGIA E SUA APRENDIZAGEM


RAMOS, Paulo. Psicopedagogia Institucional e Inclusão. Massaranduba: IESAD, 2009.


A Psicopedagogia é uma ciência que visa à compreensão dos problemas de aprendizagem e a partir daí refletir questões de desenvolvimento cognitivo, psicomotor e afetivo que surgem no decorrer do processo, hoje a psicopedagogia é mais vista como construções relacionadas a problemas e pesquisas, a psicopedagogia tem como meta desenvolver após reflexões, projetos pedagógicos que ajudem aos educadores em sala de aula a trabalhar com os educandos de forma a redefinir procedimentos pedagógicos, integrando o afetivo ao cognitivo, muitas vezes as escolas, atrelando-se a essa concepção e sem nenhum critério, acabavam encaminhando os alunos com dificuldade de ler e escrever como disléxicos ou hiperativos, achando que os problemas poderiam ser de ordem cerebral, os médicos especialistas reforçavam essa ideia e ministravam medicamentos para o problema dessas crianças. Muitas vezes os pais chegam a nós professores com o diagnóstico pronto, que seu filho é portador de alguma disfunção na aprendizagem, no entanto esse conceito acaba trazendo um pré-conceito ao educador pelo educando problema portador de uma doença, ou seja, se ele tinha problema, o fracasso não seria atribuído a ele, porém com isso, os professores sentem-se desestimulados a investirem em métodos para ajudar os alunos a aprenderem, uma vez que o problema seria resolvido pelo médico e a sua medicação.
Um dos pontos que mais chamam a atenção é a falta de diálogo no grupo de professores e alunos, pois tem muitos professores que ainda não aceita a inclusão, achando que o aluno especial deverá fazer todas as atividades que os normais fazem, sem ao menos se preocupar com aquele aluno, ou muitas das vezes deixa o aluno lá no fundo da sala sem se quer dar uma atenção; por esta falta de diálogo ou comunicação, a instituição repete vários atos, na tentativa de preencher esta falta idealizada pelo grupo e acaba ainda na repetência. É necessário que a equipe diretiva interaja no grupo de forma racional e democrática e crie laços afetivos com os integrantes do corpo docente, pois com certeza isso tornará mais fácil a resolução dos problemas decorrentes do convívio, e também o aluno vai se sentir útil e com muita vontade de ir para a escola. A escola além da família é uma instituição responsável pela integração da criança na sociedade.
Um bom ambiente de trabalho, com uma relação professor/aluno em harmonia, e a participação do educando no grupo em que está inserido fará com que ele sinta-se um ser social a interação no desenvolvimento cognitivo é de suma importância, pois a criança, ao interagir no mundo transformado, mediada pelos adultos, vai se apropriar dos conceitos que explicam o mundo humanizado, se os professores trabalhar em conjunto, parceria darão mais segurança ao aluno e com isso estarão fortalecendo os laços afetivos e parceiros que precisam existir entre todos os envolvidos na educação.
Os princípios básicos da psicopedagogia é definir limites claros entre os conceitos de normalidade e patologia na aprendizagem escolar, o professor deve ter muito claro também que a leitura são os primeiros passos a serem seguidos em uma aprendizagem. A leitura enquanto atividade humana é uma prática social que possibilita o exercício da contestação e da criatividade, essas ideias por sua vez, visam alimentar a reflexão do grupo e gerar questionamentos e tomadas de posição frente a problemática da leitura no Brasil.
Na atualidade têm-se notado muitos problemas na leitura, desde os anos iniciais até os bancos das faculdades encontramos alunos sem fluência na leitura, trata-se de um problema social grave que tem preocupado pais, educadores, psicólogos e médicos. Entretanto, em nível mundial buscam-se processos capazes de solucionar esses problemas, por exemplo, quem lê fluentemente e escreve com facilidade percebe a gravidade desse problema que resulta na limitação da maturidade social e na tomada de responsabilidade do educando.
É muito importante o papel do professor alfabetizador, pois ele fará o contato do educando e a identificação dos símbolos gráficos e sua relação som imagem. É necessário para a criança associar a letra, o som, a palavra e a imagem no contexto em que ela está inserida. A criança que não consegue aprender a ler e escrever torna-se desatenta, sobre pressões sociais dos pais, educadores e dos próprios colegas. Com isso são tratados de preguiçosos, distraídos e acabam sendo rotulados como maus alunos e sofrendo, punições devido aos seus fracassos constantes.
Muitas vezes nós professores brigamos com esse tipo de criança sem nos tocar do que se pode estar por trás de tudo isso, às vezes sem saber o que fazer, acabamos deixando de lado, pois não temos um diagnóstico para nos ajudar e assim essa criança vai passando de ano sem saber ler, apenas escreve o que se pede, mais sem saber o que esta escrito.
Desde antes do nascimento de uma criança, durante a gravidez, ela já desperta desejos, expectativas, imagina-se um nome, com quem se parecerá, como será, seus pais em relação ao seu desenvolvimento, a história do pai e da mãe está aí presente, a forma como viveram, como foram criados, os seus valores; a cultura presente na família de cada um será passada a este filho desde o momento em que se sabe da gravidez até após o nascimento. Quando o bebê nasce ele é incapaz de fazer qualquer coisa, por mínima que seja, ou de defender-se sozinho. Para isso ele precisa de outras pessoas que façam por ele; e, desse momento, até aproximadamente os 6 anos de idade, que irá se construir a personalidade desta criança, momento no qual ela está em contato principalmente com os pais e irmãos, é através dos desejos dos pais, que esta criança irá se constituir, ela vai ocupar o lugar que os pais determinam para ela. Quer dizer, ela só vai aprender mais tarde na escola, se ela perceber que os pais estão interessados nisso; só terá progresso se tiver alguém que se importe com isso, alguém que deseje que ela aprenda, avance, e os pais devem fazer isto por meio da valorização dos pequenos progressos que o filho fez; ou seja, demonstrando que existe alguém interessado para que ela cresça, e sim ajudar e não esperar só pela escola, pois a escola passa os conhecimentos que os pais não conseguem passar, e os pais passam o conhecimento que nem sempre a escola passa.
A aprendizagem pressupõe uma natureza social específica e um processo através do qual a criança penetra na vida intelectual que a cerca. É importante que pais, educadores e outros profissionais, dispensem atenção à consciência afetiva que a criança experimenta, pois o papel do professor nesse processo é ser intermediário e estimulador, colaborando para a construção do conhecimento de seus alunos.                                  

Rosiléia Serafim
Especializanda
GASPAR

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