quarta-feira, 13 de abril de 2011

QUANDO SE FALA EM JOGO OU BRINCADEIRAS EM SALA DE AULA

QUANDO SE FALA EM JOGO OU BRINCADEIRAS EM SALA DE AULA



PRÁTICAS LÚDICAS
Prof.  Ms. Ernani José Schneider, 2008


Quando se fala em práticas lúdicas eu já fico me imaginando como seria nossas vidas sem a existência do prazer, atividades de trabalho ou de lazer sem alegria, conversas que efetivamos com colegas, alunos, esposos, filhos e junto ao nosso dia-a-dia, imagina nosso  rosto fechados, onde o sorriso e a prática proibitiva. Por este motivo o aspecto afetivo contido na atividade lúdica é relevante, tanto no fator cognitivo, quanto nas relações sociais, familiares e escolares, que muitas vezes são inadequadas.
A afetividade desenvolvida por meio da prática lúdica auxilia no bom convívio em casa e na sala de aula. Não se adianta você estudar para uma coisa e não gostar, o mesmo que trabalhar em sala de aula se não gosta do que está fazendo, apenas esta lá por um motivo, (o salário) você com isso vai trazer uma depressão muito grande, pois você esta apenas com o corpo e não com a mente.  O que temos de aprender na vida não é propriamente a resolver os problemas, mas a administrá-los com inteligência, o modo de enfrentar obstáculos em sua sala de aula muitas vezes é normal, precisamos apenas gostar e buscar soluções às suas necessidades merece por parte de cada ser humano e em especial do educador, se formos capazes de nos permitir o erro e o acerto, o revés e a conquista, estaremos muito próximos de atuarmos com alegria, sorriso no rosto e atividades de cunho lúdico e pedagógico.
À medida que o professor estiver à busca de novas práticas, este deve entender que é preciso conhecer a alma humana para descobrir ferramentas pedagógicas capazes de transformar a sala de aula e a sala de casa num só espaço e não numa fonte de estresse, se não ama o que faz não o faz, pois as crianças não tenham a culpa.
Toda vez que se fala em jogo ou brincadeira, muitos pensam que esta matando aula, e com isso muitos de nós educadores acabamos deixando de lado o jogo e a brincadeira, pois se praticarmos isso uma a duas vezes na semana podemos estar preparado para ouvir isso, tem muitos diretores, orientadores que tenham isso em mente, pois sabemos também que existe educadores que fazem um jogo ou até mesmo uma brincadeira por falta de planejamento de aula, aonde acabamos de passar por esses constrangimento, quando se tem um brinquedo ou um jogo lúdico estaremos sempre nos reportando a uma atividade prazerosa com regras, em alguns momentos com mais ou menos restrições e possibilidades, sempre tendo por interferência o nível de desenvolvimento que a criança, o jovem ou até mesmo o adulto possuam, com isso devemos nos dar conta de que há muita importância do jogo para o desenvolvimento infantil e do jovem na apropriação do conhecimento, hábitos, habilidades e valores, através do brinquedo, a criança atinge uma definição funcional de conceitos ou de objetos, e as palavras passam a se tornar parte de algo mais concreto.
Através do brinquedo, a criança inicia sua integração social, aprende a conviver com os outros, a situar-se frente ao mundo que a cerca. Portanto, ao falarmos de jogo ou da brincadeira estaremos sempre nos reportando a uma atividade prazerosa com regras e motivação de cada criança.
Nós educadores devemos mostrar a grande importância que o jogo traz para o desenvolvimento infantil quanto a do jovem e adulto na apropriação do conhecimento e valores, o jogar significa distribuir lugares e funções onde os fatos podem ou não acontecer e desta forma a brincadeira e o jogo do faz de conta se apresenta como uma das formas de ensinar, com isso a criança acaba tendo mais valor a si próprio, pois nós educadores devemos também deixar com que a criança aprenda a manusear o brinquedo um pouco mais sozinho, não conseguiu tente de novo para que eles aprendam também e não esperam para o pronto e acabado.
Deixar a criança livre para brincar não significa que não esteja sujeita as regras, esta por si só determinará o que pode e o que não pode realizar, a criança que brinca em liberdade, podendo decidir sobre o uso de seus recursos cognitivos para resolver os problemas que surgem no brinquedo, sem dúvida alguma chegará ao pensamento lógico de que necessita para aprender a ler, escrever e contar. Quero dizer que com isso, nossos alunos devem ter liberdade para jogar, e que nós, mas do que nunca devemos competência para ensinar.
O jogo busca na criança, no jovem, no adulto ou mesmo no idoso a formação ética e o trabalho lúdico, contribuindo na formação de cidadãos conscientes críticos e éticos, preparados para enfrentar percalços e os desafios da vida, cientes de seus direitos e responsabilidades, priorizando o seu bem-estar e o bom senso, respeitando seus limites, o que reflete uma boa convivência e bom relacionamento com os outros.
O conceito se forma pela brincadeira e na brincadeira, pelo jogo e todas as formas de utilização destes, com objetivos bem definidos e realizarão muito mais do que esperamos, construirão muito mais que possamos medir e efetivarão a construção do conhecimento mediado pela atividade lúdica. O jovem, o adulto e o idoso também podem deixar-se levar por momentos de prazer oportunizados pelos jogos.
Necessariamente, precisam se permitir experimentar, modificar as regras, reconstruí-las, pois a vida é uma multidão de jogos acontecendo ao mesmo tempo, uns colidindo com os outros, das colisões saindo faíscas, porém, o jogo dentro da escola, não deve ser o mesmo de fora da escola, entre parceiros da mesma idade e sem orientação de adultos, o jogo realizado como conteúdo da escola deve ser aquele que se inclui num projeto, que tem objetivos educacionais, como qualquer outra atividade.
No momento presente o jogo tem gerado discussões acaloradas com vista, o descaso e o despreparo do professor para retirar destes objetivos com o propósito pedagógico. O jogar por jogar pode ser utilizado, se na seqüência dos trabalhos tenha objetivos específicos que orienta a aprendizagem de seus alunos.
Desta forma, o interesse dos jogos na educação não deverá ser o de apenas divertir, mas sim extrair atividade e conteúdos suficientes para gerar conhecimento, e com isso fazer com que os alunos participem com mais motivação, na medida em que estiverem motivados eles vão superar muitos obstáculos pessoais e coletivos, desse modo, serão desafiados à busca de soluções inusitadas para cada momento em que o jogo e a vida se apresentam.


Rosiléia Serafim
Especializanda
Gaspar

Um comentário:

  1. Esse trabalho fiz em minha pós Graduação.
    Muito bom, vale a pena ler.

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